Quando descobri que minha filha tinha necessidade especial foi o dia mais triste e mais difícil de minha vida. Entrei num luto profundo, questionei muito a Deus, o por que? Pra que? Depois, veio a minha determinação, aceitação, garra e depois partir pra guerra. Guerra essa que enfrento ate hoje, é muito difícil mais confio e acredito em Deus e sei o quanto ele depositou confiança em mim por me escolher e cuidar de um anjo de luz que é minha filha. Hoje sou uma mulher que já me defino como mãe e me sinto especial não tenho palavras para agradecer a Deus por te me escolhido, agradeço em especial meus amigos e médicos que cuidam da minha filha ate hoje a Fisioterapeuta, Dra. Daria Gláucia, a Pediatra, Dra. Socorro Estrela, o Neuro Pediatra Dr. Mário Emílio e o Fisioterapeuta, Dr. João Pinto. Desabafa Maria das Graças (Neneinha).

Força, coragem, dedicação, amor, carinho, fé, luta, dignidade... são sinônimos de Maria das Graças (Neneinha) que ao longo de sua jornada de vida enfrentou dia a dia obstáculos como a adaptação de sua filha em Mossoró, seu esposo trabalhando fora, sozinha teve que se adaptar em apartamento, cumprir horários em fisioterapia, hidroterapia, natação, escola. Enfrentou preconceitos de uma escola em Apodi, onde a diretora disse a mãe que a escola não estava preparada para receber alunos com deficiência. Maria Clara mudou-se para Mossoró e estudou nas melhores escolas, onde a mesma foi muito bem recebida e ainda sendo referencia e destaque das melhores alunas de sua sala. Hoje ela estuda na escola Pequeno Príncipe da amiga e querida Neuma Fernandes, estou muito feliz com o rendimento e com os resultados dela na escola, me sinto uma mãe especial, preparada e orientada por nossos advogados das leis que já estão valendo, pois a inclusão social é um direito que ela tem a acessibilidade é outro direito que muitos ainda não estão cumprindo. Voltei a Apodi para fazer valer os direitos de minha filha e não aceito, não admito que a desrespeite, pois não quero que minha filha passe por essa coisa nojenta que é o preconceito, vou em cima como uma leoa brigar pelos direitos dela. Fala Neneinha.